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Objetos interestelares podem desaparecer antes de chegar perto da Terra

Por| Editado por Patricia Gnipper | 16 de Setembro de 2021 às 20h40

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 ESA/Hubble; NASA; ESO; M. Kornmesser
ESA/Hubble; NASA; ESO; M. Kornmesser

Embora as estimativas dos astrônomos digam que há muitos objetos interestelares "passeando" em nosso Sistema Solar, apenas dois foram identificados até agora: o ‘Oumuamua e o cometa 2I/Borisov. É que, além de ser difícil encontrá-los, pode ser que eles nem sequer sobrevivam tempo o suficiente para chegar perto da Terra.

De acordo com uma nova pesquisa, os objetos interestelares podem sofrer erosão causada pelos raios cósmicos — núcleos atômicos, constituídos de prótons e nêutrons, que viajam no espaço a velocidades próximas à da luz. Se for verdade, o 'Oumuamua era provavelmente muito maior quando começou sua jornada pela Via Láctea.

Quatro tipos de gelo foram analisados: nitrogênio (N2), monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4). Os autores do estudo buscaram descobrir se esses tipos de objetos espaciais poderiam sobreviver aos raios cósmicos no meio interestelar. Eles também consideraram a erosão causadas por colisões entre os objetos e o gás ambiente.

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Além desses elementos que os objetos encontram pelo caminho, há outras variáveis, como o fluxo e a força dos raios cósmicos, fatores que podem determinar quanta erosão ocorrerá nas pedras de gelo. Do mesmo modo, o gás ambiente também pode viajar em fluxos variados, com densidade e força variáveis, o que resultará em diferentes taxas de deterioração dos objetos. Por fim, cada tipo de gelo sofre erosão em taxas diferentes.

O gelo de nitrogênio é um objeto de estudo importante nesse tipo de pesquisa, pois os astrônomos suspeitam que o Oumuamua tratava-se justamente disso — um pedaço enorme de gelo de N2, arrancado de um planeta semelhante a Plutão, em um sistema estelar distante do Sol. Se assim for, o tamanho original desse visitante seria entre 10-50 km. O intervalo de 40 km mostra o grau de incerteza por não sabermos a força e o fluxo dos raios cósmicos que o Oumuamua encontrou em sua jornada.

Com essas poucas informações e algumas suposições sobre a origem dos objetos, os pesquisadores podem inferir outras coisas, como a distância percorrida pelo Oumuamua. Se os mecanismos de formação para os objetos interestelares informam o raio inicial do objeto, é possível definir a distância de suas origens com base na velocidade do objeto.

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Longe de conclusivo, o estudo sugere pesquisas para ampliar o conhecimento sobre os raios cósmicos, que parecem um fator determinante para a sobrevivência dos objetos interestelares, bem como para determinar suas origens, caso encontremos outros visitantes de estrelas distantes. Estima-se que existam bilhões deles viajando por nossa galáxia, então é uma questão de tempo encontrar muitos outros.

Fonte: ScienceAlert